Damão, Diu e Nagar Haveli

quinta-feira, outubro 08, 2009

Convívio AFDDS - Damanenses e Diuenses

No dia 2 de Agosto, não obstante ser o início da
época alta das férias, cerca de meia centena de
associados da AFDDS e alguns amigos ou simpatizantes
tiveram um dia de convívio, na Pérgula da
Igreja de Caselas, em Lisboa. Vieram do Barreiro,
de Almada, de Amadora, da Linha de Sintra, de
Odivelas, de Tomar e de diferentes partes de Lisboa.
Alguns quiseram celebrar a Eucaristia dominical,
às 10H30, onde foram evocados os nossos
sócios falecidos.
Pelas 13H00, as mesas encheram-se de petiscos
que cada família trouxe para partilhar, com muita
variedade, quantidade e sabores de Damão, de Diu e de Portugal, sem faltar o mais fino e
delicioso vinho… e até, às escondidas um cheinho de «maura», expressamente trazido de
Silvasá!
Para animar o ambiente, os nossos amigos, Manuel Pereira, Stanny Rocha e o Pe Colimão
prepararam um sistema sonoro, com um conjunto de
músicas e canções dos tempos antigos, inglesas, konkanni,
damanense, brasileiras, proporcionando a um
e outro parzinho ocasião para dar um pezinho de
dança !
Das 11H30 até às 17h00, foi um rico tempo de por a
conversa em dia, matar saudades e fazer planos para
o futuro. Também houve tempo para alguns associados
pagarem as quotas e, bem assim, alguns novos
amigos querem fazer-se sócios!
Mais uma vez, ventilou-se a hipótese de numa nova direcção integrar gente nova, pensando
no futuro da Associação e também, no próximo ano de 2010, celebrar o vigésimo quinto
aniversário em que os damanenses, diuenses, os de Silvassá e também os muitos simpatizantes
(cristãos, indus, parsis, goeses, africanos, brasileiros e portugueses) se reúnem.
Um pouco da História da AFDDS. Tudo começou, após um funeral, no Cemitério de Ajuda,
quando, no fim da celebração fúnebre dum dos nossos compatriotas , o Pe Colimão chamou
um pequeno grupo que lá se encontrava e convidou-o, para um reunião na Paróquia da Cruz
Quebrada, onde ele era Pároco e tinha tomado posse, em Outubro de 1983. Desse grupo
faziam parte: Frank Gonsalves, José António do Rosário, Luís Eusébio Gonsalves, Francisco
Machado, Celso Guedes, Cristiano dos Remédios, Emília Colimão, etc, Esse pequeno
grupo de entusiastas foi o embrião da futura Associação(AFDDS), pois toda a gente queria
qualquer coisa semelhante, para se reunir, se encontrar e matar saudades! Num abri e fechar
dos olhos, o grupo já cresceu para além de uma centena e com os familiares perfazia algumas
centenas.
Um encontro informal, em Junho de 1984, encheu o vasto Templo da Cruz Quebrada, com
mais de oitocentos pessoas, damanenses,
diuenses e alguns goeses que tinham laços
em Damão ou porque eram amigos dos
damanenses e diuenses.
Bons velhos tempos, em que os nossos idosos,
casais jovens e mais velhos, muita
juventude e petizada de mãos dadas estavam
dispostos a todo o sacrifício em prol de
Damão, Diu e Silvassá.
Recusaram-se a deixar morrer a cultura indoportuguês:
a sua língua, os seus cantares e os
seus ricos sabores.
Como em qualquer organização humana, houve momentos altos e momentos baixos, uns a
darem-se tudo em prol da nossa cultura indo-portuguesa, para não só fazer a sua divulgação
em Portugal e no Estrangeiro, mas também e principalmente transmitir aos filhos de
Damão e de Diu que nasceram em Portugal.
Em prol de verdade, deve-se assinalar que houve também
quem criticasse, outros que quisessem aglutinar com
outras Associações, tendo a AFDDS sobrevivido a todos
tipos de ataques, vindos de fora ou ainda de dentro!!!
Às vozes malévolas que ainda possam querer saber o que
é que a AFDDS fez por Damão e Diu, não respondemos à
provocação, porque não poucos, quando nós iniciamos
eles ainda andavam de fraldas…!
O que desejamos e fazemos votos ardentes que a nossa
juventude vindoura, sediada, em Portugal, na Índia
( Damão, Sivassá, Diu, Goa, Bombaim, etc), no Reino
Unido, no Canadá, na Austrália, no Kuwait, Dubai ou
em qualquer parte da zona do Golfo, onde quer que
exista patrícios nossos, de mãos dadas, consigam deixar
a chama a iluminar, sendo um verdadeiro fio condutor
da nossa cultura e herança dos nossos Pais e
Avós, quer sejam eles, damanenses, diuenses, naturais
de Silvassá, os seus descendentes ou ainda amigos e simpatizantes desta grande causa!
Pe António Colimão

1 Comments:

  • Aqui em Damão património português se vê nos seus monumentos igrejas e fortes, mas mais do que tudo o património português vive no coração e alma dos damanenses, dado que todos eles falam português em casa e as missas e orações são em idioma português. Quem conservará mais o património português, os monumentos e as muralhas ou os corações dos damanenses por séculos e séculos?

    By Anonymous Anónimo, at quinta-feira, agosto 05, 2010  

Enviar um comentário

<< Home