Damão, Diu e Nagar Haveli

segunda-feira, outubro 24, 2005

Damão: A desejada

João Paulo Colimão

Por algumas vezes, me foi dada a oportunidade de escrever sobre Damão, aquela terra que ocupa todo o espaço de memórias infantis do meu pai, da minha família paterna e, se essa memória pode ser transmitida por via genética, que eu herdei em mim.


forte de S. Jerónimo - Damão Pequeno


Sempre escrevi sobre Damão, certamente com alguma imprecisão no que respeita à paisagem, ao relevo, à textura ou aos cheiros. Para mim, Damão era uma amálgama de emoções, e nela era-me difícil olhar ao longe, distinguir os seixos no chão, ou ouvir o Koran dos mossulmanos. Escrevi sobre as pedras, sobre a história, sobre os trajes e até sobre a gastronomia. Em jeito de poesia, uma vez saudei Damão com um hino (realmente concordo com Voltaire, que aconselhou a quem tivesse algo de ridículo para dizer, o cantasse, pois iria parecer belo à audiência)...

Damão... Chegava a Damão pelo fim da tarde. Cheguei com um grupo, que em si, representava a diferença, a diferença que tinha encontrado por toda a Índia, desde Goa a Calcutá, de Nova Deli a Bombaim.
A caminho de Damão contei cada paisagem, cada sucessão de cores, de animais, pois sabia